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            A diretoria do Palmeiras não quer saber de perder o atacante Maikon Leite. O   jogador assinou um pré-contrato com o clube, mas o Santos, atual time dele,   manifestou o desejo de mantê-lo. De acordo com o departamento jurídico, o Verdão   não abrirá mão do vínculo e só aceitará conversar caso o Peixe pague a multa   prevista no acordo. O valor não foi revelado. 
           - O Palmeiras vai querer contar com o Maikon Leite a partir do mês de junho,   prazo em que foi assinado o pré-contrato. Não existe possibilidade alguma do   jogador permanecer no Santos, ao não ser que o clube pague a multa estipulada. A   quebra desse pré-contrato gera incidência da multa indenizatória estipulada no   próprio contrato - afirmou o advogado do Palmeiras, André Sica. 
           O Verdão, aliás, promete ir para a batalha para fazer valer o contrato e   apresentar o jogador no mês de junho. O clube entende que até a Fifa poderá ser   acionada caso o Santos insista em tentar segurar o atleta. Como tem contrato até   o fim de maio, Maikon Leite já estava livre para assinar um vínculo com qualquer   equipe. 
           - Caso o Santos insista em influenciar sobre a permanência do atleta, isso   pode configurar aliciamento dentro do regulamento da Fifa e gerar punição ao   time santista - acrescentou o advogado. 
                
             O interesse do Santos em manter   Maikon Leite começou no fim de semana, depois que o jogador foi um dos destaques   da equipe na vitória por 4 a 1 sobre o Linense, no interior, pela primeira   rodada do Campeonato Paulista. 
           - Existe a possibilidade. Há um histórico de jogadores que reverteram essa   situação. Qual atleta não gostaria disputar uma Libertadores com a possibilidade   de chegar a um Mundial no fim do ano? Essa é uma arma que o Santos tem - afirma   Nei Pandolgo, gerente de futebol alvinegro. 
           O próprio Palmeiras já perdeu um jogador com quem tinha contrato firmado. Em   2007, o meia Thiago Neves chegou a assinar com o clube paulistano. No entanto, o   jogador desistiu e preferiu renovar com o Tricolor. O Verdão foi à Justiça, mas   acabou entrando em acordo com o clube carioca, que cedeu o atacante Lenny como   forma de compensação. 
           A esperança do Santos é que Maikon decida permanecer e brigue por isso. O   jogador já disse reiteradas vezes que gostaria de permanecer na Vila Belmiro.   Mesmo assim, assinou por cinco anos com o Verdão. Na verdade, ele não teve muita   escolha. A empresa que detém 80% dos seus direitos econômicos está em litígio   com o Peixe e não aceitou sequer ouvir as propostas de renovação de contrato da   diretoria alvinegra. A briga entre Santos e os empresários de Maikon começou   quando o clube emprestou o jogador para o Atlético-PR, ano passado, sem   consultar os investidores. 
           Fonte: Globo Esporte  |