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            Paulo Henrique Ganso está de volta. Sorte do Santos, da Seleção Brasileira,   do futebol. Foram 199 dias desde que sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo,   durante confronto com o Grêmio, no Olímpico, pelo Brasileirão, no dia 25 de   agosto de 2010. Mas parece que não passou um segundo sequer. Ele entrou no   intervalo de um jogo duro para o Santos, diante do Botafogo-SP, na Vila Belmiro.   Em dois lances, resolveu. Primeiro, num lindo lançamento para Zé Eduardo, que   recebeu e cruzou para Elano marcar. Depois, ao fazer o seu gol, completando   cruzamento de Pará e fazendo um "G" na comemoração, para homenagear a namorada   Giovana. O gol de Anselmo, aos 44 minutos do segundo tempo, para o Botinha, não   atrapalhou a festa de Ganso. 
           Com os 2 a 1, o Santos assume a   liderança do Campeonato Paulista. Foi a 28 pontos, mesmo número do Palmeiras. A   vantagem, porém, é santista por causa do saldo de gols: 16 a 12. Agora, o Peixe   precisa secar Corinthians e São Paulo, que jogam neste domingo, para terminar a   rodada na ponta. Elano, agora com nove gols na competição, aumenta sua vantagem   sobre os concorrentes na tabela de artilheiros. 
           Nos outros jogos no mesmo horário, o São Caetano venceu fora de casa o Mogi   Mirim por 2 a 1, e o Linense bateu o Noroeste por 2 a 0. O Santos volta a campo   na próxima quarta-feira, em Santiago (Chile), para enfrentar o Colo Colo, pela   Taça Libertadores, às 21h45m (de Brasília). Pelo Paulistão, joga no sábado que   vem, contra o Bragantino, às 18h30m, em Bragança Paulista. Já o Botinha, também   no sábado às 18h30m, recebe o Paulista em Ribeirão Preto. 
           Botinha segura o Peixe 
            
           A torcida do Santos fez sua parte. Comprou ingresso, foi à Vila Belmiro,   cantou e gritou. A expectativa em torno do retorno de Ganso levou 12.134   torcedores ao estádio, melhor público do ano. Eles viram o time tentando tocar a   bola e até a envolvendo o Botafogo no começo. Aos poucos, porém, a equipe passou   a apresentar os mesmos erros do primeiro tempo contra a Portuguesa, quarta-feira   passada. 
           Elano, com as mãos na cintura, paradão ali no meio, dependia de faltas e   cobranças de escanteio. Quando tinha a bola, insistia em lançamentos que jamais   alcançavam o objetivo. A não ser por um bom passe para Neymar, aos 35 minutos,   que o atacante dominou e chutou colocado, assustando o goleiro Júlio César, o   camisa 8 santista não acertou mais nada na primeira etapa. 
           A insistência com os lançamentos longos irritou o lateral-esquerdo Léo, que   deixou o campo no intervalo reclamando que o time estava insistindo demais nesse   tipo de jogada em vez de tocar de pé em pé. 
           Ao lado de Elano, Diogo também tinha dificuldades para acertar jogadas.   Vestindo a camisa 10, de Ganso, o meia passou a ser vaiado pela torcida, que   começou a pedir a entrada do titular. Ele sentiu a sombra do craque do Peixe e   da Seleção Brasileira . 
           O Botafogo se valeu dessa instabilidade santista. Marcando muito forte, e até   abusando de faltas duras, a equipe de Ribeirão Preto tinha campo para jogar e   criou as duas melhores chances da primeira etapa. Aos 28, Assisinho se   aproveitou de uma pane da zaga santista e recebeu livre. Na hora do chute,   porém, viu o goleiro Rafael crescer à sua frente. O goleiro travou a jogada e   salvou o Peixe. Depois, aos 45, Assis acertou um lindo lançamento para Túlio   Souza. O volante, vendo que estava sozinho de frente para o gol santista, se   apavorou. Pegou mal na bola e perdeu grande chance. 
           Ave, Ganso 
           Quando o Santos voltou para o segundo tempo, uma explosão na Vila Belmiro.   Enfim, Ganso iria entrar. Diogo sairia. O juiz apitou o reinício da partida. O   craque alvinegro precisou de apenas 30 segundos para fazer o que o meio de campo   santista não conseguiu em todo o primeiro tempo. Ele recebeu pela meia direita e   acertou um lançamento primoroso para Zé Eduardo, que recebeu na direita e cruzou   para trás. Elano, que acompanhava a jogada, recebeu e chutou rasteiro, de pé   direito, abrindo o placar. (Assista no vídeo às melhores jogadas de Ganso na   partida.) 
           A torcida santista, extasiada, ainda aplaudia Ganso, quando Pará foi à   direita e cruzou rasteiro. O meia entrou livre e, com um leve toque de canhota,   tirou a bola do alcance de Júlio César. Em dois lances, o craque resolvia a   partida.  
           Aos poucos, o ritmo foi diminuindo. O Botinha aparentava não ter forças para   ameaçar o Santos. O tempo inativo pesou, e Ganso passou a jogar mais parado,   apenas distribuindo o jogo, com direito a toques refinados. 
           No fim, em seu único lance de perigo na etapa final, a equipe de Ribeirão   Preto descontou. Anselmo subiu mais do que todo mundo e escorou de cabeça, aos   44, após cobrança de falta da esquerda. Aos 47, Fernando Miguel, que levava um   baile de Ganso no meio, apelou. Deu um carrinho criminoso e foi expulso. O meia   santista só não se machucou porque pulou. 
           SANTOS 2 X 1 BOTAFOGO-SP 
            
           
             
               | Rafael, Jonathan (Pará), Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Danilo (Rodrigo   Possebon), Elano e Diogo (Paulo Henrique Ganso); Neymar e Zé Eduardo. | 
               Júlio César; Demerson, Augusto e Gabriel; Dida (Fernando Miguel), Chicão,   Túlio Souza, Assis (João Henrique) e João Victor; Anselmo e Assisinho   (Marcinho) | 
              
             
               | Técnico: Marcelo Martelotte | 
               Técnico: Argel Fucks | 
              
             
               | Gols: Elano, a um minuto, Ganso, aos nove, e   Anselmo, aos 44 minutos do segundo tempo | 
              
             
               | Cartões amarelos: Demerson, Chicão, Assis,   Augusto (Botafogo-SP), Danilo (Santos). Cartão vermelho: Fernando Miguel (Botafogo-SP) | 
              
             
               | Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 12/3/2011. Árbitro: Rodrigo Braghett. Auxiliares: Mário Nogueira da Cruz e Carlos Augusto Nogueira   Júnior. Assitentes adicionais: Philippe Lombard e Regildênia de   Holanda Moura. Público e renda: 12.134 pagantes e R$   310.160,30. | 
              
            
           Fonte: Globo Esporte  |