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            Dois jogadores que estiveram na última Copa do Mundo travam uma disputa   particular no retorno ao futebol brasileiro após um longo período de Europa.   Elano e Liedson, principais reforços de Santos e Corinthians para a temporada,   usam trunfos diferentes na briga pela artilharia do Campeonato Paulista. 
           Elano já anotou 10 gols em 11 partidas. A bola parada é a principal arma do   camisa 8 da Vila. Foram quatro gols de pênalti e um de falta. 
           Liedson marcou 9 gols em 8 jogos e tem média melhor do que o concorrente (1,1   contra 0,9). O oportunismo do centroavante fica evidente pelos números: 8 dos 9   gols ocorreram dentro da área. 
           "É uma motivação extra, sem dúvida”, apontou o corintiano, sobre a   possibilidade de ser o goleador máximo do Estadual. “Mas sempre coloco o time em   primeiro lugar. Seria legal ser artilheiro, mas em primeiro lugar vem o   título.” 
           Já o santista demonstra preocupação com a fase atual de sua equipe,   principalmente com a fragilidade defensiva. “Eu, Ney [Neymar], Ganso e Zé   [Eduardo] estamos deixando para os volantes, os dois laterais e os zagueiros a   responsabilidade de marcar. Essa atitude tem de ser mudada, e me coloquei à   disposição para mudar. Não tenho que querer ser artilheiro, e sim fazer o papel   que sempre fiz para ajudar o Santos.” 
           O bom rendimento ofensivo de ambos pode ser explicado pela quantidade de   finalizações. Eles arrematam 4 vezes a gol por rodada, segundo o Datafolha. 
           Embora seja meio-campista, Elano despontou como atacante quando jovem.   “Estava no Guarani e joguei quatro meses por empréstimo na Inter de Limeira.   Lembro que fui artilheiro, fiz 16 gols em uma competição aspirante, mas eu era   atacante. Assim que cheguei ao Santos, fui vendo o bicho pegar e acabei indo   mais para trás”, comentou o ídolo da Baixada. 
           O meia da seleção brasileira figura como um dos maiores goleadores do Santos   após a era Pelé, com 60 gols em 222 jogos. 
           Liedson também fez história no Parque São Jorge antes de partir para   Portugal, onde se naturalizou e defendeu a seleção lusitana. Somando as duas   passagens no futebol paulista, soma 31 gols em 45 jogos. 
           E olha que o veterano de 33 anos dispensa as penalidades máximas. “Na   verdade, nunca fui um bom batedor de pênalti. Tive algumas experiências, e não   foram boas. Quero fazer gols, mas com a bola rolando”, apontou. 
           Fonte: Uol Esporte 
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