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            A estreia na Taça Libertadores da América poderia ter sido com um placar   melhor, já que o Santos tem mais qualidade que o Deportivo Táchira, mas o placar   de 0 a 0 refletiu os problemas do Peixe e a superação dos venezuelanos na noite   desta terça-feira, em San Cristóbal, pelo Grupo 5. O time brasileiro fez um   primeiro tempo melhor, mas com dificuldades de criação, que permaneceram na   segunda etapa. E para o torcedor que esperava um show de Neymar, restou a   frustração por ver o atacante ainda cansado pela recente conquista do   Sul-Americano Sub-20, no Peru. 
           O Peixe volta a campo pela Libertadores no dia 2 de março, contra o Cerro   Porteño, no Brasil. O Táchira encara o Colo Colo um dia antes, em casa. Com o   resultado, as duas equipes somam um ponto. 
           Superioridade santista, mas sem gols 
            
           Para jogar na casa do adversário, o técnico Adilson Batista apostou em um   time mais defensivo, e surpreendeu ao escalar o meio-campo com três volantes.   Pará começou jogando, Róbson acabou cortado até do banco. Neymar, de volta após   defender a Seleção Brasileira, fez dupla com Diogo na frente. O time começou a   partida com sinais de nervosismo e com dificuldades no toque de bola, muito por   conta da nova formação tática. Elano era o único armador, e Neymar precisava   voltar mais para buscar a bola do que o esperado. 
           Aos poucos o Peixe foi se encontrando em campo. O Táchira marcava forte, mas   logo mostrou que não tinha a qualidade do visitante. Mesmo sem o toque fácil de   bola, o Santos conseguiu um grande lance aos 30 minutos, quando Neymar tentou   fazer um gol de letra, a bola desviou em um marcador, e Danilo pegou o rebote. O   chute desviou na ponta do pé do goleiro Sanhouse e carimbou a trave. A jogada   era uma prova de que não era difícil penetrar na zaga do anfitrião. 
           A apaixonada torcida do Táchira lotou o estádio e fez muito barulho nos   primeiros minutos, mas logo começou a se calar ao ver que o Peixe dominava o   jogo. San Cristóbal é a única cidade venezuelana que tem o futebol como primeiro   esporte, pois tem influência colombiana pela proximidade com o país vizinho. No   restante da Venezuela, o beisebol é a preferência. 
           Além da bola na trave, outros dois lances destacaram o Santos no primeiro   tempo. No primeiro, aos 19 minutos, Diogo caiu na área em uma disputa de bola e   pediu pênalti, mas sem sucesso. No segundo, aos 33, o auxiliar anulou o gol de   Diogo por entender que Elano estava impedido durante o passe de Neymar. O meia   não tocou na bola, mas fez menção de tentar alcançá-la, e gerou a marcação do   bandeirinha. 
           Táchira melhora, torcida grita olé, e Peixe cai de   produção 
            
           Melhor na primeira etapa, o Peixe voltou um pouco apagado, e sofreu com a   correria imposta pelo dono da casa. Neymar não conseguia sucesso nas arrancadas,   demonstrando sinais de desgaste. No Táchira, o técnico Jorge Luis Pinto fez uma   alteração esperada, colocando Parra na vaga de Casanova, e ganhou fôlego. O   Santos também precisava de gás, e Adilson percebeu isso aos 19, quando tirou o   cansado Diogo e colocou Zé Eduardo (assista aos principais lances da partida no   vídeo ao lado). 
           A torcida do Táchira, vendo que o time havia voltado melhor e tentava furar o   bloqueio santista em bolas aéreas, começou a cantar e empurrar a equipe, fazendo   uma grande festa no estádio Pueblo Novo. Até gritos de "olé" surgiram por volta   dos 20 minutos. 
           Adilson Batista tentou ganhar o meio-campo novamente ao tirar Pará e colocar   Adriano. Mas o time brasileiro tinha dificuldades de conter a empolgação dos   venezuelanos. Na frente, Zé Eduardo bem que tentou tirar o zero do placar em   jogada com Neymar, que caiu na área, mas não viu qualquer chance de ver um   pênalti ser marcado. Arouca ainda arriscou uma bomba aos 33, mas a bola passou à   direita do gol de Sanhouse. 
           Alex Sandro foi a última aposta de Adilson e até tentou algo, mas era tarde.   No último minuto, Durval quase marcou de cabeça após cobrança de falta de Elano,   mas o goleiro Sanhouse salvou a equipe venezuelana, que teve seu esforço   reconhecido ao final da partida. De pé, os torcedores aplaudiram os jogadores. 
           Deportivo Táchira 0 X 0 Santos 
            
           
             
               | Sanhouse, Charcón, Moreno, Rouga e Yegüez; Guerrero, Fernández, Casanova   (Parra) e Hernández (Del Valle); Pérez Greco e Herrera. | 
               Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Arouca, Rodrigo   Possebon, Pará (Adriano) e Elano; Neymar e Diogo (Zé Eduardo). | 
              
             
               | Técnico: Jorge Luis Pinto | 
               Técnico: Adilson Batista | 
              
             
               | Cartões amarelos: Fernández (Táchira); Danilo, Possebon   (Santos) | 
              
             
               | Local: Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal (VEN). Data:   15/2/2011. Árbitro: Carlos Vera (EQU). Auxiliares: Juan Cedeño e Byron Romero   (EQU) | 
              
            
          Fonte: Globo Esporte  |