| 
            No Corinthians, quatro vitórias, dez gols marcados e um sofrido em cinco   jogos, incluindo dois clássicos. No Santos, um empate na estreia da Libertadores   e a derrota para o arquirrival. Tite e Adilson Batista saíram de maneiras   totalmente distintas do Pacaembu no último domingo. A vitória por 3 a 1 do   Corinthians sobre o Santos confirmou a reação da equipe de Parque São Jorge e   gerou desconfiança da torcida sobre Adilson Batista. 
           Tite foi um dos principais alvos de críticas quando o Corinthians perdeu para   o Tolima e acabou eliminado na pré-Libertadores. A torcida cobrou a demissão do   treinador, mas a diretoria decidiu bancá-lo. E nos cinco jogos seguintes, a   equipe venceu os rivais Palmeiras (1 x 0) e Santos (3 x 1), além de passar por   Ituano (4 x 0) e Mogi Mirim (2 x 0) e empatar sem gols com o Paulista. 
           “Ainda vivemos um momento de transição. E o time vai ter de manter uma   regularidade. Esse jogo foi uma referência importante? Foi, mas ainda é   insuficiente”, comentou Tite depois do triunfo sobre o Santos, projetando a   evolução da nova equipe titular. 
           No Santos, a situação é diferente. A diretoria manteve a base que se destacou   em 2010 e buscou reforços. Adilson Batista assumiu o atual campeão paulista e da   Copa do Brasil com a missão, e a pressão, de fazer a equipe manter o alvo nível   da temporada passada. 
           No entanto, o desempenho no empate sem gols com o Deportivo Táchira, na   estreia da Libertadores, gerou dúvidas sobre as escolhas de Adilson. O mesmo   aconteceu na derrota para o Corinthians. Questionado sobre isso, o treinador   mostrou irritação. 
           “Você sofre gol de cabeça e dizem que é preciso arrumar a defesa. Aí você põe   o Keirrison, ele não rende e quando o tiro parece que achei a solução. Vocês   [jornalistas] são treinados para isso. Primeiro temos que condicionar o time e   depois vencer, porque do contrário vocês criam um monte de fantasmas”, reclamou   o treinador. 
            Teve até recado interno para os jogadores. Adilson amenizou a cara de poucos   amigos de Zé Eduardo por ficar na reserva, mas mandou sua mensagem. “Ele fez   cara feia, mas isso é normal, até porque a dele não é muito bonita. Atleta tem   que trabalhar e respeitar o que o técnico pede. É assim que funciona.” 
            Tite e Adilson também terão caminhos bem diferentes pela frente. O corintiano   não deve enfrentar pressão tão cedo, até porque neste ano só restaram as   disputas do Paulista e do Brasileiro. Adilson, por sua vez, tem em menos de dez   dias o segundo duelo pela Libertadores, em casa, contra o Cerro Porteño. 
            “Estou tranquilo e consciente do trabalho que estamos fazendo. Daqui a pouco   teremos o futebol que todos esperam”, prometeu o santista. 
            Tite também espera, com mais calma, montar uma equipe que convença. “Estou há   19 jogos no Corinthians, com esse grupo e essa torcida. Vencemos todos os   clássicos e perdemos um jogo que dói na alma [para o Tolima]. Estamos buscando o   ajuste.” 
            Fonte: Uol Esporte 
           |