No último dia 02, compareci à festa de   confraternização da Sociedade Esportiva Cidade de Santos. 
         Fui recebido pelo Valtinho e seu irmão Dico que me apresentaram os dois únicos   remanescentes da fundação do clube, dos idos de 1948, o Caçapa e o Navarro. 
          
         Ambos me relataram como surgiu a sociedade que teve seu campo de futebol onde   hoje é o C.T do Santos Futebol Clube. Aliás, dentro de um universo de campos,   somente ali existiam os campos do Sul América (do Picuru) , Juventus, Largo do   São Bento e Dom Peixito. Do outro lado da rua, na margem esquerda, o campo do   City e na margem direita o campo do Santa Izabel. Em frente, onde está o 2º   Distrito, o campo primeiramente do Bangu, depois o Palmeirinha do Cabral (pai do   nosso querido jogador Cabralzinho que hoje é um excelente, mas injustiçado,   técnico de futebol) e à tarde jogava o CMTC. Mais adiante, defronte à Santa Casa da Misericórdia onde hoje está o McDonalds,   existiam os campos do Durite, 9 de Julho e o Jaú. 
          
         Segundo os beneméritos da S.E. Cidade de Santos, Caçapa e Navarro, ambos   afirmaram que dos campos existentes no CT, apenas eles possuíam uma carta de   concessão, cedida na época pelo então superintendente da Cia Docas de Santos, o   Sr. Antonio Freire. Mas, na década de 70, por irregularidades praticadas pelos   usuários dos demais campos, foram todos cassados pelo superintendente da época,   o Sr. Berenguer. 
Um grande feito, além das glórias do   futebol, foi a aquisição da atual sede do clube na Rua Joaquim Távora nº 491,   onde hoje divide suas dependências com o XI do Marapé. 
 
Foi com grande satisfação que reencontrei um dos grandes jogadores, não só da   várzea como também do futebol de praia, o meu amigo Delfim que disputou junto   comigo, pela Seleção Paulista, o Campeonato Brasileiro de Futebol de Praia, no Rio   de Janeiro.  
 
Marcaram   presenca, entre outros: Valtinho, Fumanchu, Dico, Renato Pedalada, Zé dos   Santos, Arlindo, Gilberto, ainda saudosos de seus craques do passado, Valdir e o   carismático Tatarré que batia pênalti de chaleira. 
 
Como podem perceber, citei nada mais do que treze clubes de futebol de várzea, e   como estou armazenando dados para dar prosseguimento à idéia da montagem do   Museu do Esporte Amador de Santos, gostaria de aproveitar o ensejo para pedir,   encarecidamente, a colaboração de todos os amigos varzeanos, no intuito de   enviar as histórias de seus clubes para que fiquem registradas para sempre. 
 
Abraços do Gigi. |